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Prévia de inflação desacelera e varia 0,42%
Em 12 meses, taxa é de 7,12%, que, mesmo com arrefecimento, fica acima da meta
A menor pressão dos preços dos alimentos no varejo fez o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerar em outubro. Neste mês, indicador subiu 0,42% neste mês, ante alta de 0,53% em setembro. No ano, o indicador acumula alta de 5,48% e, em 12 meses, 7,12% - que, mesmo com arrefecimento, permanece acima do teto da meta inflação (6,5%). Uma inflação - ainda elevada - mais com fôlego reduzido pode ser o cenário dos próximos meses. Isso porque os preços alimentos podem subir em ritmo menor, por causa do aumento de oferta.
Os custos de alimentos e bebidas passaram de 0,72% em setembro para 0,52% em outubro. Segundo o IBGE, alimentos importantes para os brasileiros, apesar de continuarem em alta, reduziram o ritmo de crescimento de preços. Destaques para leite (1,43%), frango (0,86%), frutas (0,84%) e carnes (0,55%). "Essa tendência de arrefecimento dos preços agrícolas deve ser mantida ao longo dos próximos meses, por conta do esgotamento dos efeitos do recente choque de oferta (determinado por condições de safra)", prevê relatório da Concórdia.
- O comportamento do preço de alguns itens desacelerou mais do que o esperado. É o caso do feijão, do açúcar e derivados e da carne bovina - citou Fábio Romão, economista da LCA, acrescentando que há chances de a inflação de 2011 fechar dentro da meta. - Para tanto, é preciso uma inflação média de 0,48% até dezembro. Ou 1,45% nos próximos três meses.
Romão lembrou que preços de Vestuário desaceleraram o ritmo de elevação, de 1,0% para 0,38%. E isso, segundo ele, já pode ser um reflexo da desaceleração da economia. Para Romão, os serviços são agora o maior foco de pressão para a inflação de 2011 - que, de acordo com suas projeções, deve fechar em 6,40%.
- Ainda que os alimentos fiquem mais caros nesse fim de ano, seus preços vão subir menos do que no ano passado. Os preços de serviços, como salário de empregado doméstico e aluguel, podem pressionar a inflação nos próximos meses - disse Romão, que prevê IPCA de outubro de 0,41%.
No atacado, preços ficaram mais altos. Mas IPC desacelerou
Também apresentou pequena desaceleração o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No segundo decêndio de outubro, o índice variou 0,50%, ante a 0,52% no mês anterior. No atacado, os preços ficaram mais altos: saíram de 0,59% para 0,66%. Apesar da alta, houve desacelerações e queda de preço no mês: soja (-1,29%), café (1,81%) e aves (-1,32%). Já no varejo, houve alívio, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passando de 0,52% para 0,23%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram frutas (-1,34%), hortaliças e legumes (-5,60%) e carnes bovinas (0,67%).